quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Preso grupo suspeito de 60% dos homicídios na Grande João Pessoa (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma operação policial prendeu nesta quarta-feira (19) 42 suspeitos de integrar um grupo criminoso responsável por 60% dos homicídios praticados em 2012 na região metropolitana de João Pessoa, na Paraíba. Inicialmente, a polícia havia divulgado que eram 44 presos, mas o número de prisões foi corrigido após entrevista coletiva concedida às 11h.

 Entre os presos na ação conjunta das polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal está um sargento da Polícia Militar, que também era candidato a vereador em Bayeux. Segundo o delegado Cristiano Jacques, Arnóbio Gomes Fernandes (PSL), fazia a proteção do esquema que comercializava drogas, comandava rebeliões em presídios, praticava homicídios e incendiava ônibus na Grande João Pessoa.

Dos 42 mandados de prisão cumpridos, 17 foram contra acusados que já estavam presos e atuavam de dentro dos presídios. O delegado informou que vai pedir a transferência deles para presídios federais.

Segundo investigações, a violência para executar as vítimas é uma característica marcante do grupo. A polícia afirma que traficantes rivais que "invadem" a área da organização são assassinados de maneira violenta. Algumas dessas execuções foram acompanhadas, em tempo real, através de celulares, por criminosos do bando.

Os suspeitos presos na manhã desta quarta-feira estão sendo encaminhados para a Central de Polícia, em João Pessoa, Após serem ouvidos, eles serão encaminhados para presídios da capital. A delegada Anne Karoline, que também atua na operação, disse que mandados de busca e apreensão também estão sendo cumpridos durante a operação, que segue em andamento nos municípios de João Pessoa, Bayeux e Santa Rita.

 A ação batizada de "Esqueleto" busca cumprir 50 mandados de prisão temporária e alguns mandados de busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara da Comarca de Santa Rita.

 Grupo organizado
Segundo a delegada Anne Karoline, as investigações tiveram início há cinco meses pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil. "No início nós achávamos que os crimes estavam desconexos, mas após investigação descobrimos que eles tinham relação e eram praticados por um mesmo grupo criminoso", explicou. Cerca de 340 policiais participam da ação.

Segundo a Polícia Civil, foi constatada no curso das investigações a existência de uma organização criminosa administrada de dentro dos presídios de João Pessoa, como se fosse uma verdadeira empresa. O grupo é muito bem organizado, com hierarquia e tarefas bem definidas. Há liderança, gerentes, distribuidores, soldados do tráfico, vendedores diretos aos dependentes químicos, tudo funcionando de maneira bem orquestrada e estabelecida.

sábado, 15 de setembro de 2012

Juiz eleitoral da PB decreta prisão de diretor do Google Brasil (Postado por Lucas Pinheiro)

 O juiz eleitoral Ruy Jander Teixeira da Rocha, da Coordenação da Propaganda de Mídia e Internet da 17ª Zona Eleitoral, em Campina Grande, decretou, nesta sexta-feira (14), a prisão em flagrante do diretor financeiro do Google Brasil, Edmundo Luiz Pinto Balthazar. A decisão foi tomada para que o Google retire do YouTube um vídeo que, segundo o juiz, ridiculariza um dos candidatos à Prefeitura da cidade, Romero Rodrigues (PSDB).

Em nota, o Google informou ao G1 que vai recorrer da decisão. A empresa ainda informou que o Google não é o responsável pelo conteúdo publicado na Internet, mas oferece uma plataforma tecnológica sobre a qual milhões de pessoas criam e compartilham seus próprios conteúdos.

Segundo Ruy Jander, a ordem de retirada do vídeo já havia sido enviado ao Google, mas a empresa enviou um pedido de reconsideração à Justiça alegando liberdade de expressão e pensamento. Mesmo com a alegação da empresa, o juiz manteve o pedido de retirada. O Google novamente enviou um pedido de reconsideração, mas o juiz entendeu esse novo documento como um ato de desobediência e decretou a prisão em flagrante. “O segundo pedido foi como uma recusa dolosa”, argumentou o magistrado.

 O vídeo trata de um erro cometido pelo candidato durante o horário eleitoral quanto ao significado da sigla do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A retirada do vídeo foi reivindicada pela coligação de Romero Rodrigues, alegando que o candidato está sendo ridicularizado. O vídeo, publicado no YouTube no dia 1º de setembro, é de autoria de uma conta anônima e, por isso, o Google é quem foi notificado, conforme consta na decisão judicial. Até as 17h desta sexta-feira, o vídeo tinha mais de 700 exibições

O mandado de prisão foi enviado à Polícia Federal da Paraíba para que fosse encaminhado à PF em São Paulo, onde reside o diretor. O magistrado ainda esclareceu que, caso o vídeo seja retirado do ar, a prisão será revogada automaticamente. A prisão foi decretada em flagrante, uma vez que a Justiça entende que o crime ainda está acontecendo.

Mesmo se o diretor do Google tiver a prisão revogada, ele ainda terá que responder pelo crime de desobediencia a ordem da Justiça Eleitoral, que pode ter uma pena de até um ano de detenção.

Leia a íntegra da nota do Google:
"O Google vem a público esclarecer que vai recorrer da decisão da Justiça Eleitoral do estado da Paraíba por entender que ela viola garantias fundamentais, tais quais a ampla defesa, o devido processo legal e a liberdade de expressão constitucionalmente assegurada a cada cidadão. O Google acredita que os eleitores têm direito a fazer uso da Internet para livremente manifestar suas opiniões a respeito de candidatos a cargos políticos, como forma de pleno exercício da Democracia, especialmente em períodos eleitorais. O Google não é o responsável pelo conteúdo publicado na Internet, mas oferece uma plataforma tecnológica sobre a qual milhões de pessoas criam e compartilham seus próprios conteúdos."

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Rapaz é morto e família é avisada por mensagem de celular na Paraíba (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um adolescente foi encontrado morto na tarde da segunda-feira (10) em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, e a família do rapaz ficou sabendo do homicídio através de uma mensagem recebida através do celular. A Polícia Civil acredita que foram os próprios criminosos que enviaram a mensagem para família da vítima.

De acordo com a polícia, o rapaz de 18 anos de idade havia saído de casa na manhã do domingo (9) e o corpo dele foi encontrado no bairro Bodocongó por volta das 16h da segunda-feira. Ele estava em um matagal que fica a cerca de 400 metros da casa da vítima. "A gente recebeu a mensagem no celular de alguém dizendo que tinha matado meu neto. Não sei o que pode ter acontecido porque ele era um menino bom, muito querido aqui no bairro", disse Maria Neuza da Silva, avó da vítima.

Segundo a polícia, ele foi morto com dois tiros na cabeça e ainda foi apedrejado. A Delegacia de Homicídios vai investigar o caso, mas já informou que os suspeitos devem ser conhecidos da família, já que tinham o número do telefone de familiares e enviaram uma mensagem de texto.