sábado, 21 de fevereiro de 2015

Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la?

Mata Atlântica cobre 17 estados brasileiros. Foto: Irimar José da Silva
Mata Atlântica cobre 17 estados brasileiros. Foto: Irimar José da Silva
Para falar da Mata Atlântica, primeiro é preciso entender o que ela é. Segundo explica Carolina Mathias, engenheira florestal da Fundação SOS Mata Atlântica, "podemos defini-la como um bioma com vários ecossistemas, que tem desde mangue até floresta tropical". Ou seja, a Mata Atlântica não é apenas aquela floresta atlântica que se vê perto do litoral, mas um bioma ou uma junção de ecossistemas com características comuns e com processos ecológicos que se interligam. Nesse caso, essas características seriam, além da ocorrência geográfica, a proximidade com o litoral e as formações florestais em um contínuo, que se estende até o serrado, a caatinga ou os campos. "Outro ponto importante é que a Mata Atlântica tem árvores grandes e de dossel contínuo, ou seja, com copas que se tocam", diz Carolina Mathias. Esse bioma ainda tem mais de 22 mil espécies, quase nove mil delas endêmicas (que só existem nesse bioma), superando a biodiversidade da Amazônia. Infelizmente, 383 desses animais e plantas estão ameaçados de extinção. A extensão territorial da Mata Atlântica também impressiona - vai desde o Rio Grande do Sul até o Piauí, cobrindo 17 estados. Originalmente, ela compunha 15% do território brasileiro, mas hoje só restam 7% desse bioma.
Hoje, a Mata Atlântica ainda pode ser encontrada em quase todo o país (menos no Mato Grosso, Maranhão e Região Norte), mas em pequena quantidade. A maior concentração está no Vale do Ribeira, em São Paulo. Ao todo, existem 860 unidades de conservação da Mata Atlântica no Brasil, que vão de pequenos sítios até parques estaduais. Muitos desses parques são abertos à visitação e podem ser uma boa forma de conscientizar os alunos da importância de preservar o meio-ambiente. Beatriz Siqueira, coordenador do projeto Mata Atlântica vai à Escola da Fundação SOS Mata Atlântica, conta que existem vários projetos em andamento para tentar salvar o que ainda resta do bioma. "O que está sendo feito hoje são ações de restauração e replantio de árvores que compõem a flora original da mata. Também estão sendo criadas muitas áreas de conservação, principalmente em propriedades particulares", diz. A ecóloga ainda explica que cada um de nós pode ajudar a manter a floresta em pé com ações do dia-a-dia, como economizar água, energia elétrica e diminuir a poluição. "Se cada um de nós gastar menos energia, por exemplo, vamos precisar de menos hidrelétricas, o que ajuda a manter a mata. Pois para construir uma usina é preciso desmatar e inundar uma grande área de floresta", diz Beatriz. Preservar a Mata Atlântica ainda pode ajudar a diminuir o aquecimento global. Isso porque, além da floresta ser responsável por absorver carbono, é muito comum no Brasil fazer queimadas para transformar a mata em área de agropecuária. E esse tipo de ação é o principal responsável pelas emissões de carbono no nosso país. Por outro lado, o aumento da temperatura da Terra pode afetar a Mata Atlântica, já que muda as características dos ecossistemas. "A maior preocupação é com a fauna. O aquecimento pode matar várias espécies", alerta Beatriz.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

CARACTERIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS PRINCIPAIS 

No Estado da Paraíba destacam-se quatro ecossistemas naturais principais, marcados de diversificada presença da ação antrópica e diferentes processos de alteração: Planícies Litorâneas, de Florestas, de Áreas em Transição e de Caatinga. As Planícies Litorâneas e as Florestas situam-se na Zona Litoral-Mata, as Áreas de Transição, na Zona do AgresteBrejo e a Caatinga, na Zona Semi-Árida, zonas geoeconômicas da Paraíba. Tais limites não são rígidos, podendo haver interpenetrações de um ou mais desses ecossistemas em uma ou mais das três zonas geoeconômicas do Estado. Os quatro ecossistemas naturais principais são analisados de forma associada às três zonas geoeconômicas do Estado. Os impactos ambientais registrados nos ecossistemas naturais da Paraíba têm provocado graves alterações, principalmente no que diz respeito aos recursos de solo e água, a flora e a fauna. As informações disponíveis informam que das três zonas geoeconômicas do Estado, a Semi-Árida enfrenta forte pressão sobre os recursos disponíveis, em especial os hídricos. Nas Zonas Litoral-Mata e do Agreste-Brejo, a pressão sobre a flora assumiu uma magnitude tal que chega a caracterizar a oferta de produtos madeireiros como dependente de outras áreas. A fauna existente na Zona Litoral-Mata tem sido fortemente afetada. De uma lista de 46 espécies ameaçadas de extinção na Paraíba, conforme estudo da SUDEMA, cerca de 25 têm (ou tinham) seu habitat na Mesorregião da Mata Paraibana. Os problemas observados, na maioria dos casos, resultam da devastação da cobertura vegeta natural. A paisagem natural dos ambientes costeiros, onde se sobressaem falésias, restingas, dunas, baixos planaltos embocaduras e estuários, vem sendo fortemente afetada. Os prejuízos de ordem ecológica comprometem sensivelmente o potencial turístico da Paraíba. A destruição dos remanescentes da Mata Atlântica e dos cordões de ligação acarretam, além disso, danos irreparáveis à biodiversidade característica dessa formação florestal. O processo de degradação dos solos evoluídos do Brejo Paraibano, enfatizando-se os Podzólicos das encostas íngremes orientais do Planalto da Borborema e os Latossolos das chãs, resulta da destruição das coroas remanescentes das matas de altitude e da acentuada pressão antrópica. O avanço do desmatamento em direção ao topo das elevações, para expansão da cana-de-açúcar e da pecuária extensiva tem acelerado o processo erosivo, aumentado a evaporação, com evidentes alterações climáticas, conhecidas como "agrestização" do Brejo e assoreamento das várzeas. O processo de desertificação já se mostra bastante acentuado nas áreas de caatinga, principalmente onde os índices pluviométricos são inferiores a 500 mm/ano, a exemplo das Microrregiões do Curimataú Ocidental, Cariri Oriental e Cariri Ocidental, bem como do Seridó. A ocorrência desse processo registra-se em função do uso de práticas inadequadas na mineração e agropecuária, sem um devido manejo racional da caatinga, mas sim com uma forte agressão ao ecossistema, caracterizada pelo desmatamento ilimitado e irracional, provocando assim impactos cuja versão, se não impossível, é bastante onerosa. Na Mesorregião da Borborema, uma das mais ricas em recursos minerais metálicos e não metálicos do Estado, também estão sendo observados graves problemas de poluição referentes à poluição do ar, nas unidades de beneficiamento, às formas de deposição dos resíduos da mineração, à destruição da flora nativa para obtenção da lenha usada como combustível na calcinação do calcário e no beneficiamento da bentonita, e, conseqüentemente na extinção da fauna. O processo de erosão dos solos, a montante dos açudes vem comprometendo os recursos hídricos superficiais, disponíveis em rios e reservatórios do semi-árido, a exemplo das Mesorregiões do Agreste, da Borborema e do Sertão. Os solos utilizados na agricultura irrigada por falta da adoção de práticas e de manejo e drenagem adequados, vêm sendo submetidos a danos muitas vezes irreparáveis, comprometendo o aproveitamento das áreas potencialmente irrigáveis, assim como os recursos hídricos do Semi-Árido. No tocante à exploração mineral, a situação também é preocupante, posto que esta ocorre de forma bastante irracional, principalmente ocorrências pegmatíticas do Cariri e do Seridó.

BIOGEOGRAFIA - UFSM







Espécies Endêmicas nos biomas brasileiros




Como sabemos o Brasil é um pais rico em biodiversidade, isso devido a vários fatores como a sua grande extensão territorial e aos diversos climas que o país possui. Isso faz com que possua uma variedade muito grande de fauna e flora. Essa diversidade toda faz com que o nosso país seja um lugar de grande variedade de espécies endêmicas. Esse termos refere-se a espécies que ocorrem apenas em lugar na terra. Além disso a uma subdivisão entre as espécies endêmicas, que são as neoendêmicas e as paleoendêmicas. As neoendêmicas referem-se as espécies que se originaram e um determinado lugar e ainda não tiveram tempo de se disseminar para outras regiões, e as paleoendêmicas referem-se as espécies que estão em uma dinâmica regressiva e aquele é o único lugar onde a espécie sobrevive.
A partir disso vamos caracterizar algumas das espécies endêmicas que o Brasil possui, numa caracterização através de seus biomas (Mata atlântica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Floresta Amazônica e Campos sulinos).

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CAATINGA


Principal bioma da região Nordeste, possui uma área de aproximadamente 800.000 quilômetros quadrados, sendo que seus ecossistemas encontram-se bastante alterados. A biodiversidade de flora é média, sendo que cerca de 30% das plantas superiores são endêmicas. A fauna por sua vez é relativamente pobre se comparada com outros biomas. Alguns exemplos de espécies endêmicas são: mandacaru e o xique-xique.

LEIA SOBRE OS DEMAIS BIOMAS:

http://biogeografia-ufsm.blogspot.com.br/2010/06/especies-endemicas-nos-biomas_3710.html