Onde podemos encontrar a Mata Atlântica e como preservá-la?
CARACTERIZAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS PRINCIPAIS
No Estado da Paraíba destacam-se quatro ecossistemas naturais principais, marcados de
diversificada presença da ação antrópica e diferentes processos de alteração: Planícies
Litorâneas, de Florestas, de Áreas em Transição e de Caatinga. As Planícies Litorâneas e
as Florestas situam-se na Zona Litoral-Mata, as Áreas de Transição, na Zona do AgresteBrejo
e a Caatinga, na Zona Semi-Árida, zonas geoeconômicas da Paraíba. Tais limites não
são rígidos, podendo haver interpenetrações de um ou mais desses ecossistemas em uma ou
mais das três zonas geoeconômicas do Estado. Os quatro ecossistemas naturais principais são
analisados de forma associada às três zonas geoeconômicas do Estado.
Os impactos ambientais registrados nos ecossistemas naturais da Paraíba têm provocado
graves alterações, principalmente no que diz respeito aos recursos de solo e água, a flora e a
fauna. As informações disponíveis informam que das três zonas geoeconômicas do Estado, a
Semi-Árida enfrenta forte pressão sobre os recursos disponíveis, em especial os hídricos.
Nas Zonas Litoral-Mata e do Agreste-Brejo, a pressão sobre a flora assumiu uma magnitude
tal que chega a caracterizar a oferta de produtos madeireiros como dependente de outras áreas.
A fauna existente na Zona Litoral-Mata tem sido fortemente afetada. De uma lista de 46
espécies ameaçadas de extinção na Paraíba, conforme estudo da SUDEMA, cerca de 25 têm
(ou tinham) seu habitat na Mesorregião da Mata Paraibana. Os problemas observados, na
maioria dos casos, resultam da devastação da cobertura vegeta natural.
A paisagem natural dos ambientes costeiros, onde se sobressaem falésias, restingas, dunas,
baixos planaltos embocaduras e estuários, vem sendo fortemente afetada. Os prejuízos de
ordem ecológica comprometem sensivelmente o potencial turístico da Paraíba. A destruição
dos remanescentes da Mata Atlântica e dos cordões de ligação acarretam, além disso, danos
irreparáveis à biodiversidade característica dessa formação florestal.
O processo de degradação dos solos evoluídos do Brejo Paraibano, enfatizando-se os
Podzólicos das encostas íngremes orientais do Planalto da Borborema e os Latossolos das
chãs, resulta da destruição das coroas remanescentes das matas de altitude e da acentuada
pressão antrópica. O avanço do desmatamento em direção ao topo das elevações, para
expansão da cana-de-açúcar e da pecuária extensiva tem acelerado o processo erosivo,
aumentado a evaporação, com evidentes alterações climáticas, conhecidas como
"agrestização" do Brejo e assoreamento das várzeas.
O processo de desertificação já se mostra bastante acentuado nas áreas de caatinga,
principalmente onde os índices pluviométricos são inferiores a 500 mm/ano, a exemplo das
Microrregiões do Curimataú Ocidental, Cariri Oriental e Cariri Ocidental, bem como do
Seridó. A ocorrência desse processo registra-se em função do uso de práticas inadequadas na
mineração e agropecuária, sem um devido manejo racional da caatinga, mas sim com uma
forte agressão ao ecossistema, caracterizada pelo desmatamento ilimitado e irracional,
provocando assim impactos cuja versão, se não impossível, é bastante onerosa.
Na Mesorregião da Borborema, uma das mais ricas em recursos minerais metálicos e não
metálicos do Estado, também estão sendo observados graves problemas de poluição referentes
à poluição do ar, nas unidades de beneficiamento, às formas de deposição dos resíduos da
mineração, à destruição da flora nativa para obtenção da lenha usada como combustível na
calcinação do calcário e no beneficiamento da bentonita, e, conseqüentemente na extinção da
fauna. O processo de erosão dos solos, a montante dos açudes vem comprometendo os recursos
hídricos superficiais, disponíveis em rios e reservatórios do semi-árido, a exemplo das
Mesorregiões do Agreste, da Borborema e do Sertão. Os solos utilizados na agricultura
irrigada por falta da adoção de práticas e de manejo e drenagem adequados, vêm sendo
submetidos a danos muitas vezes irreparáveis, comprometendo o aproveitamento das áreas
potencialmente irrigáveis, assim como os recursos hídricos do Semi-Árido.
No tocante à exploração mineral, a situação também é preocupante, posto que esta ocorre de
forma bastante irracional, principalmente ocorrências pegmatíticas do Cariri e do Seridó.
BIOGEOGRAFIA - UFSM
Espécies Endêmicas nos biomas brasileiros
Como sabemos o Brasil é um pais rico em
biodiversidade, isso devido a vários fatores como a sua grande extensão
territorial e aos diversos climas que o país possui. Isso faz com que
possua uma variedade muito grande de fauna e flora. Essa diversidade
toda faz com que o nosso país seja um lugar de grande variedade de
espécies endêmicas. Esse termos refere-se a espécies que ocorrem apenas
em lugar na terra. Além disso a uma subdivisão entre as espécies
endêmicas, que são as neoendêmicas e as paleoendêmicas. As neoendêmicas
referem-se as espécies que se originaram e um determinado lugar e ainda
não tiveram tempo de se disseminar para outras regiões, e as
paleoendêmicas referem-se as espécies que estão em uma dinâmica
regressiva e aquele é o único lugar onde a espécie sobrevive.
A partir disso vamos caracterizar
algumas das espécies endêmicas que o Brasil possui, numa caracterização
através de seus biomas (Mata atlântica, Cerrado, Pantanal, Caatinga,
Floresta Amazônica e Campos sulinos).
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CAATINGA
Principal bioma da região Nordeste,
possui uma área de aproximadamente 800.000 quilômetros quadrados, sendo
que seus ecossistemas encontram-se bastante alterados. A biodiversidade
de flora é média, sendo que cerca de 30% das plantas superiores são
endêmicas. A fauna por sua vez é relativamente pobre se comparada com
outros biomas. Alguns exemplos de espécies endêmicas são: mandacaru e o
xique-xique.
LEIA SOBRE OS DEMAIS BIOMAS:
http://biogeografia-ufsm.blogspot.com.br/2010/06/especies-endemicas-nos-biomas_3710.html